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Saúde

Colesterol alto está associado ao maior risco de eventos cardiovasculares

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A apresentadora Ana Furtado e a cantora Thaeme Marioto - Foto divulgação

Especialista diz que a doença é silenciosa

A médica Cíntia Machado (CRM-RS 45.813) comenta que o aumento dos níveis de colesterol (dislipidemia) se associa a um maior risco de eventos cardiovasculares e mortalidade porque o LDL oxidado (colesterol ruim) pode levar à formação de placas nas artérias, processo conhecido como aterosclerose. Essas placas podem restringir o fluxo sanguíneo e, em alguns casos, romper, causando tromboses que podem resultar em infarto ou AVC (acidente vascular cerebral). Além disso, a inflamação associada à dislipidemia contribui para o risco cardiovascular. “Nem todo colesterol acima de 200 mg/dL irá representar risco cardiovascular automaticamente. A individualidade do paciente, sua faixa etária e seu estilo de vida precisam ser avaliados”, salienta.

Segundo a especialista, a dislipidemia é muitas vezes assintomática porque os níveis elevados de colesterol e triglicérides não apresentam sintomas visíveis até que ocorra um evento cardiovascular grave. Ela alerta que por ser silenciosa, a doença permite que a condição se desenvolva por anos, aumentando o risco sem que a pessoa perceba.

Níveis ideais

Cintia lembra que o colesterol LDL deve estar abaixo de 100 mg/dL. O colesterol HDL (o “colesterol bom”) deve estar acima de 60 mg/dL. Valores de LDL entre 100–

129 mg/dL são considerados limítrofes, enquanto valores acima de 130 mg/dL podem indicar risco, ainda mais se boa parte desse LDL for o LDL oxidado. A preocupação deve surgir com LDL acima de 160 mg/dL e quando há outros fatores de risco cardiovascular.

Triglicérides

De acordo com a médica, níveis elevados de triglicérides podem sinalizar resistência à insulina, obesidade e risco de doenças cardiovasculares. Eles podem ser um marcador de síndrome metabólica — conjunto de condições que aumentam o risco de doenças cardíacas e diabetes. “Sinaliza também uma alimentação que está predominante em carboidratos e farináceos, ou até mesmo o sedentarismo”, aponta.

Mudanças no estilo de vida

Famosas como a apresentadora Ana Furtado e a cantora Thaeme Marioto já disseram publicamente que lideram com a questão do colesterol alto e precisaram modificar alguns hábitos no estilo de vida, principalmente na alimentação. A médica Cintia Machado orienta que os indivíduos com esse problema devem incluir nas mudanças:

  • Adoção de uma dieta balanceada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e gorduras saudáveis (como abacate e azeite).
  • Aumento da atividade física, pelo menos 150 minutos de exercício moderado por
  • Controle do peso e redução do consumo de açúcares e carboidratos
  • Abandono do tabagismo e redução do consumo de álcool.
  • Gerenciamento do estresse também tem extrema importância para os quadros de dislipidemias.

 

Dra. Cintia Machado - Foto divulgação

Dra. Cintia Machado – Foto divulgação

Tratamento medicamentoso

Conforme a especialista, o tratamento medicamentoso é considerado quando as mudanças no estilo de vida não são suficientes para alcançar os níveis desejados de colesterol, especialmente em casos de dislipidemia severa ou quando há outros fatores de risco cardiovascular significativos.

A classe de medicamentos Estatinas pode ser prescrita, mas a decisão deve ser individualizada com base no perfil de risco do paciente. “Além disso, a suplementação, melhoras do estilo de vida e dieta são essenciais para o tratamento medicamentoso ter um efeito positivo, minimizando efeitos colaterais”, finaliza.

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