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Saúde

Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que a tontura afeta 30% da população mundial

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A ginasta Flávia Saraiva - Foto divulgação

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A ginasta Flávia Saraiva, medalhista olímpica de bronze nos Jogos de Paris deste ano, revelou ter sentido tontura durante a final por equipes da ginástica. Tanit Sanchez (CRM-SP 69.992), otorrinolaringologista e docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), explica que a tontura é uma sensação de desequilíbrio ou instabilidade que afeta a percepção espacial de uma pessoa. Pode incluir sensações de girar, flutuar, oscilar ou uma sensação geral de desorientação. É um sintoma comum que pode ter diversas causas, desde problemas no ouvido interno até condições cardiovasculares ou neurológicas.

Para diferenciar a tontura de vertigem, a médica conta que a primeira é um termo mais amplo, por incluir várias sensações de desequilíbrio. Já a segunda, por outro lado, é um tipo específico de tontura caracterizada pela falsa sensação de que o ambiente está girando ou que a pessoa está girando em relação ao ambiente. “A vertigem é frequentemente associada a problemas no sistema vestibular do ouvido interno”, aponta.

Tontura é sempre sintoma

De acordo com a especialista, a tontura é sempre um sintoma de algo que está por trás, e não uma condição em si. Isso pode indicar que alguma coisa está afetando o equilíbrio do corpo ou a percepção espacial.

Tanit comenta que a tontura pode representar várias condições de dentro ou de fora do labirinto (que fica no ouvido interno), como problemas cardiovasculares (hipertensão e insuficiência cardíaca), neurológicas (acidente vascular cerebral ou tumores) ou até mesmo efeitos colaterais de vários tipos de medicamentos.

Dra. Tanit Ganz Sanchez - Foto divulgação

Dra. Tanit Ganz Sanchez – Foto divulgação

A otorrinolaringologista lembra que tonturas ocasionais e breves, como ao levantar-se rapidamente da cama ou após ficar agachado, são geralmente consideradas comuns e não preocupantes (muitas vezes geram a sensação de escurecimento da visão). No entanto, ela reforça que a tontura pode ser considerada grave quando interfere significativamente nas atividades diárias; é frequente ou persistente; está acompanhada de outros sintomas como dor de cabeça, perda auditiva, zumbido, visão dupla, fraqueza ou dormência; causa quedas ou risco de quedas, especialmente em idosos; causam desmaios ou pré-desmaios; ocorre após uma lesão na cabeça. “É melhor consultar um médico se houver dúvidas sobre a gravidade dos sintomas”, alerta.

Tratamento

Segundo Tanit, o tratamento da tontura varia conforme a causa encontrada na investigação, mas algumas abordagens comuns incluem medicamentos para aliviar sintomas ou tratar causas específicas; reavaliação de possíveis efeitos colaterais causados por outros medicamentos; exercícios de reabilitação vestibular para treinar o cérebro para compensar problemas de equilíbrio; manobras de reposicionamento para a vertigem do tipo VPPB (Vertigem Posicional Paroxística Benigna); mudanças no estilo de vida: como redução do consumo de sal, doces, cafeína ou álcool; terapia cognitivo-comportamental para lidar com a ansiedade associada à tontura; tratamento de condições subjacentes.

“Uma premissa da Medicina é que o tratamento adequado só pode ser determinado após um diagnóstico preciso feito por um profissional de saúde especializado”, finaliza.

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