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Esta influenciadora te ensina tudo sobre finanças com referências pop

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Você, leitor, fala sobre dinheiro com as suas amigas? Apesar da importância e presença no nosso dia a dia, esse tópico costuma ficar de fora das rodas de conversas. Mais do que esquecido, ele é tratado como um tabu muitas vezes. Segundo um estudo do Banco de Investimentos Merrill Lynch, 61% das mulheres preferem falar sobre a própria morte do que sobre dinheiro.

Karla Freitas, que se apresenta na internet como “sua BFF rica”, tem o objetivo de ajudar a mudar isso com suas aulas e conteúdos nas redes sociais, de um jeito acessível e com referências pop. “Quando estamos conversando com as nossas amigas, falamos sobre tudo, sexo, política, e outros assuntos que são considerado polêmicos, mas quando entra na parte do dinheiro, ninguém fala”, lamenta e explica: “As pessoas que têm muito dinheiro têm medo de parecer arrogante, e as pessoas que têm pouco se sentem envergonhadas em abordar o tema.”

Quando olhamos fazemos um recorte de gênero nessa discussão, percebemos que com as mulheres essa dificuldade é ainda mais latente, já que, por muito tempo, existiu a ideia de a atuação delas era limitada às tarefas de casa, na cozinha, enquanto os homens eram os grandes responsáveis por cuidar dos negócios e das finanças da família. “Isso nos afeta desde a escola: quantas meninas muito boas em matemática têm a crença de que a área de exatas não é para elas?”, diz.

É hora de virar a chavinha para o dinheiro

Quem vê Karla falando de dinheiro assim hoje, aos 25 anos, não imagina que ela já teve uma relação muito dura e pesada com ele. A jovem, que cresceu em uma família pobre, vendo os pais cheios de dívidas, sempre viu o dinheiro como um vilão. Mesmo depois de começar a trabalhar e ganhar seu próprio salário, não conseguia mudar esse pensamento, não controlando suas finanças e gastando sem propósito.

Até que, aos 18 anos, enquanto cursava sua faculdade de administração, ela percebeu que suas pequenas compras, aquelas de curto prazo mesmo, estavam impediam que ela realizasse desejos e metas que tinha há muito tempo. “Me deu um aperto falei caramba, se eu tivesse guardado três meses do que eu ganho, eu já conseguiria ter realizado o meu maior sonho da época que era conhecer a praia”, diz. “Foi aí que a chavinha virou e eu falei: ‘caramba, eu preciso mudar. Não posso morrer vivendo a vida de outras pessoas. Eu preciso viver a minha vida e realizar os meus sonhos'”, continua.

Ela, então, começou a estudar finanças e bateu na porta de um escritório de investimentos pedindo uma oportunidade de trabalhar lá e aprender sobre o tema. Mais do que os conhecimentos técnicos, nessa época, ela adquiriu uma nova mentalidade em relação ao dinheiro, enxergando nele quatro funções, que, segundo ela, são:

Manter a roda girando

Precisamos de uma renda para pagar nossas contas, desde o aluguel até o cafezinho que a gente ama. É o dinheiro que nos mantém funcionando hoje, no presente, e por isso precisamos estar atentas a ele. Afinal, o que seria de nós sem essa organização básica, né?

Construir sonhos

Dinheiro sem propósito é só um pedaço de papel. Sonhar é fundamental! Pode ser comprar aquela casa dos sonhos, fazer uma viagem inesquecível ou até abrir o seu próprio negócio. Seus sonhos são a motivação para fazer o dinheiro trabalhar a seu favor. Eles dão direção e fazem a jornada mais empolgante.

Dar segurança

Imagina que você está construindo uma casa. A reserva de emergência é como se fosse aquele alicerce firme que, mesmo em dias de tempestade, mantém tudo em pé. Ela nos protege quando algo inesperado acontece, como uma despesa médica ou a perda de emprego. Ter essa segurança é fundamental para não desmoronar em tempos de crise.

Garantir independência financeira

Esse é o pilar que olha para o futuro. Sabemos que a energia que temos hoje não será a mesma para sempre. E a gente precisa pensar na nossa “ilha do futuro”, onde queremos chegar quando decidirmos que é hora de desacelerar. É sobre construir algo agora que nos permita ter tranquilidade e qualidade de vida lá na frente.

Meninas podem (e devem) falar sobre dinheiro

Desde quando começou a estudar finanças e investimentos, Karla usou seu lado criativo e lúdico para compreender melhor os conteúdos, e hoje ela traz isso em seus cursos e no seu perfil do Instagram, que já acumula mais de 218 mil seguidores. A jovem quebra a ideia de que dinheiro é um assunto quadrado e chato, por meio de analogias e referências do mundo pop. Por exemplo: por que não explicar investimentos como se fossem tipos de maquiagem ou boys?

Ela rebate as críticas e comentários negativos de que usa essa linguagem da internet porque as mulheres não conseguem entender de uma forma complexa. “Eu explico desse jeito, justamente, porque as mulheres conseguem entender muito bem de todas as formas, só que acho que o dinheiro, tão essencial na nossa vida, não precisa precisa ser transformado em algo pesado, maçante, só para fingir que temos mais conhecimento”, defende.

Karla lembra todas as garotas que elas merecem, sim, realizar seus sonhos, e, quando você cuida do dinheiro, tem propósito e se planeja, ele se torna o seu maior aliado.

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