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Saúde

Dores nas costas: saiba o que fazer quando o tratamento conservador não é suficiente

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A ex-jogadora de vôlei Márcia Fu - Foto divulgação

Especialista comenta sobre as abordagens avançadas para doenças da coluna vertebral

O neurocirurgião Rodolfo Carneiro diz que o tratamento conservador é geralmente a primeira opção recomendada para tratar doenças da coluna vertebral. No entanto, há casos em que essas abordagens não são suficientes para proporcionar o alívio adequado aos pacientes. “Cada situação é única, e os especialistas em coluna estão preparados para adotar estratégias além dos tratamentos medicamentosos e de reabilitação física, a fim de garantir a melhora e a qualidade de vida”, aponta.

Segundo o especialista, podem ser indicados procedimentos minimamente invasivos, conhecidos como procedimentos intervencionistas. Ele explica que essas técnicas, realizadas por meio de agulhas, oferecem menor invasividade em comparação às cirurgias convencionais na coluna. A ex-jogadora de vôlei Márcia Fu, por exemplo, vai fazer uma infiltração na coluna (a medicação é aplicada diretamente nos pontos inflamados) para conter as fortes dores provocadas pela hérnia de disco. Além disso, como mostra o médico, podem ser empregadas a rizotomia ou denervação facetária, que utiliza radiofrequência para modular os impulsos dolorosos do local até o cérebro. Outra opção é a descompressão, que visa aliviar a pressão nas estruturas nervosas comprometidas.

Ademais, a discectomia endoscópica é um procedimento realizado por meio de pequenas incisões, oferecendo um tempo de recuperação menor em comparação com a cirurgia tradicional da coluna vertebral. É conduzido com tecnologia de ponta e geralmente apresenta baixo risco de complicações, permitindo que os pacientes retornem às suas atividades diárias mais rapidamente. “Já a vertebroplastia e a cifoplastia são alternativas terapêuticas eficazes. Elas consistem na injeção de cimento ósseo no corpo vertebral para tratar fraturas vertebrais”, pontua.

No entanto, em determinadas situações, Rodolfo enfatiza que os tratamentos conservadores podem não ser adequados para controlar o sofrimento do paciente e restaurar sua qualidade de vida. Ele exemplifica que quando há uma compressão significativa de uma estrutura nervosa, além da dor, podem surgir consequências neurológicas graves, como perda ou alterações da sensibilidade, formigamento, redução da força muscular, paralisia e até mesmo disfunções neurológicas mais sérias, como incontinência urinária/fecal ou impotência sexual. Nesses casos, são necessários procedimentos mais invasivos, como cirurgias para descomprimir a estrutura nervosa e reduzir o risco de sequelas irreversíveis.

Dr. Rodolfo Carneiro - Foto divulgação

Dr. Rodolfo Carneiro – Foto divulgação

O neurocirurgião alerta que é fundamental os pacientes buscarem a avaliação de um especialista em coluna assim que os primeiros sintomas surgirem. Dessa forma, será possível realizar uma avaliação e determinar o tratamento mais adequado para cada caso, evitando o agravamento da condição.

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