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Saúde

Diagnóstico da Síndrome de Asperger é multidisciplinar

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O diretor de cinema Steven Spielberg e a cantora Susan Boyle - Foto divulgação

Especialista comenta que o tratamento envolve uma equipe composta por neurologistas, psicólogos, psiquiatras, fonoaudiólogos e, em alguns casos, terapeutas ocupacionais. Essa abordagem colaborativa é essencial para o diagnóstico preciso e também na elaboração de um plano de intervenção individualizado

Segundo a neuropediatra Estéfani Ortiz (CRM-RS 40.870 e RQE 40.131), a Síndrome de Asperger, atualmente classificada como Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) nível 1 de suporte, refere-se a um transtorno neurodesenvolvimental que afeta a capacidade do indivíduo de socializar e se comunicar efetivamente com os outros. “Pessoas com Síndrome de Asperger geralmente apresentam dificuldades na interação social, padrões restritos e repetitivos de comportamento e interesses específicos, mas possuem inteligência e desenvolvimento linguístico dentro da média ou acima dela”, aponta. Personalidades famosas, como o diretor de cinema Steven Spielberg e a cantora Susan Boyle, já declararam publicamente que sofrem com o problema.

Principais características

Dificuldades na interação social: problemas em entender e responder às interações sociais de forma apropriada.

Interesses restritos e intensos: foco em atividades ou assuntos específicos, muitas vezes de forma obsessiva.

Comportamentos repetitivos: inclinação para realizar atividades ou movimentos de maneira repetitiva.

Dificuldades de comunicação não verbal: problemas com o uso de gestos, contato visual e expressões faciais.

Rotinas rígidas: resistência a mudanças nas rotinas diárias.

Desenvolvimento linguístico normal ou superior: pessoas com Asperger geralmente não têm atraso na fala, e muitas vezes têm uma linguagem formal e extensa.

O papel da escola

A médica lembra que a escola pode desempenhar um papel fundamental na identificação de características associadas à Síndrome de Asperger ao observar comportamentos, como dificuldade em fazer amigos ou interagir em grupos; reações extremas a mudanças na rotina ou ao ambiente escolar; foco excessivo em tópicos específicos ou detalhes; dificuldade em entender brincadeiras, piadas ou metáforas; movimentos repetitivos ou comportamentos incomuns. “Educadores e profissionais da escola podem registrar essas observações e sugerir aos pais a busca por uma avaliação com um profissional especializado”, recomenda.

Dra. Estefáni Ortiz - Foto divulgação

Dra. Estefáni Ortiz – Foto divulgação

Diferença para o TEA

Conforme a especialista, a Síndrome de Asperger é considerada uma forma de TEA, especificamente no nível 1 de suporte, o que significa que as pessoas precisam de menos suporte comparado a outros níveis dentro do espectro. A principal diferença está na presença de inteligência e desenvolvimento de linguagem normal ou acima da média, ao contrário de outros níveis de TEA que podem envolver déficits intelectuais e atrasos significativos na fala.

Orientação aos pais

Aceitação e entendimento: é o primeiro passo para ajudar seu filho. Cada criança com Asperger é única. É importante conhecer suas forças e desafios.

Buscar suporte profissional: é essencial para apoiar o desenvolvimento da criança.

Encorajar habilidades sociais: incentive a participação em atividades sociais e intervenções específicas que possam ajudar na interação com outras crianças.

Estabelecer rotinas: crianças com Asperger podem se sentir mais seguras com rotinas bem definidas, mas é importante também ensiná-las a lidar com mudanças.

Foco nos interesses: aproveite os interesses específicos do seu filho como uma ferramenta de aprendizado e motivação.

Educação e apoio: busque apoio de grupos, associações e trabalhe em estreita colaboração com a escola para adaptar o ambiente de aprendizagem às necessidades do seu filho.

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