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Colômbia chama embaixador na Argentina para consultas e rejeita palavras de Milei contra Petro

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A Colômbia convocou nesta sexta-feira seu embaixador na Argentina para consultas, em protesto contra as declarações feitas pelo presidente argentino, Javier Milei, que se referiu ao presidente colombiano, Gustavo Petro, como “um comunista assassino”.

Em uma entrevista recente, o presidente argentino também disse que Petro “está afundando a Colômbia”.

“O governo colombiano rejeita veementemente essa declaração, que prejudica a honra do presidente, que foi eleito de forma democrática e legítima”, afirmou um comunicado do Ministério das Relações Exteriores, no qual descreveu as palavras de Milei como “desrespeitosas e irresponsáveis”.

O comunicado diz que as palavras de Milei desconsideram e violam os profundos laços de amizade, entendimento e cooperação que historicamente unem a Colômbia e a Argentina e que foram fortalecidos ao longo de dois séculos.

“Como consequência das circunstâncias criadas pelas palavras do presidente da Argentina, o governo colombiano solicita imediatamente consultas com o embaixador Camilo Romero, representante da Colômbia naquele país”, acrescentou o Ministério das Relações Exteriores.

A convocação para consultas pode ser interpretado como um passo anterior ao rompimento oficial das relações entre os dois países, de acordo com fontes diplomáticas.

Historicamente, Colômbia e Argentina têm mantido boas relações diplomáticas e comerciais.

Mas com a chegada do líder ultraliberal à Presidência argentina, as relações começaram a se deteriorar com Petro, o primeiro presidente de esquerda na história da Colômbia.

“Eles nos atacam como comunistas, como socialistas, que o Estado é o dono dos meios de produção. Claro, aqueles que nos atacam não têm ideia do que é o comunismo ou do que é o socialismo”, disse o presidente da Colômbia em evento governamental, numa referência implícita às críticas de Milei.

Petro garantiu que o seu governo quer que os meios de produção estejam nas mãos do povo e não do Estado.

Anteriormente, Milei se referiu ao papa Francisco em várias ocasiões como “o maligno na Terra que ocupa o trono da casa de Deus”, chamando-o de “nefasto” e “imbecil” e criticando-o por “promover o comunismo”.

No entanto, mais tarde ele conversou com o papa e o convidou para visitar a Argentina.

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